Foto: Elaine Menke/Câmara dos Deputados
Após a derrota na votação que alterava o Marco do Saneamento, o Palácio do Planalto acelerou a liberação de emendas e repassou de uma só vez R$ 700 milhões para deputados e senadores nesta terça-feira (9), segundo informações do jornal O Globo.
Este seria o maior repasse desde o início da gestão, representando 58% de todo o montante encaminhado até agora.
Esses recursos beneficiaram em grande parte os principais partidos aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: o líder do ranking é o PSD, com R$ 143 milhões, seguido por PT, com R$ 136 milhões; MDB, com R$ 91,3 milhões; e União Brasil, com R$ 75 milhões.
O repasse veio após a derrota na votação do marco do Saneamento. Trechos da proposta do governo foram derrubados pela Câmara na semana passada, na primeira derrota sofrida pelo Executivo no Congresso desde a posse do petista.
Apesar de somarem 142 deputados, PSD, MDB e União contribuíram com somente oito votos favoráveis às mudanças defendidas pelo Planalto.
Com o repasse, o governo espera preparar terreno para votações importantes que virão pela frente no Congresso, como a do novo arcabouço fiscal.
Essa distribuição de fundos se dá em meio à gestação das Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) dos atos de 8 de janeiro e do Movimento Sem Terra (MST).
Todos os parlamentares têm direito a emendas, mas o governo consegue controlar a velocidade e para quem as verbas são liberadas primeiro. Por isso, apesar de ter a maior bancada atual na Câmara, o PL foi o oitavo partido que mais recebeu, atrás do PDT, por exemplo.
Nesta leva, o governo federal empenhou R$ 467 milhões para deputados e R$ 232 milhões para senadores.