Durante o voo de retorno ao Brasil após visitas à China e à Rússia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva repreendeu seus ministros devido ao vazamento de informações confidenciais para a imprensa.

O foco da reprimenda foi uma fala atribuída à primeira-dama Janja Lula da Silva sobre o TikTok, ocorrida durante uma reunião com o presidente chinês Xi Jinping em 13 de maio. Segundo relatos, Janja teria comentado que a plataforma favorece conteúdos de extrema-direita.

Lula demonstrou descontentamento com o vazamento, considerando o episódio uma quebra de lealdade por parte de sua equipe. Ele afirmou que a questão foi levantada por ele próprio e não por Janja, embora tenha destacado a presença da primeira-dama na conversa em razão de sua familiaridade com o universo digital.

O presidente reforçou que o encontro com o líder chinês era de caráter confidencial e que a divulgação de detalhes foi inaceitável. Apesar de declarar que não pretende abrir uma investigação para descobrir o autor do vazamento, Lula deixou claro seu desagrado com a situação.

Paralelamente, a Advocacia-Geral da União notificou as empresas responsáveis pelas redes sociais para removerem postagens que espalharam informações falsas sobre Janja, nas quais se alegava que ela teria sido detida na Rússia com dinheiro desviado do INSS — o que foi desmentido pelo governo.

Os episódios acirraram o clima de tensão no governo, levando Lula a exigir mais discrição e lealdade de seus auxiliares diretos