Segundo as autoridades, momentos antes do crime, Melissa recebeu de dois colegas da mesma idade um bilhete contendo o que chamaram de “sentença de morte”, no qual afirmavam que ela seria morta por estrangulamento. Em seguida, um dos adolescentes a atacou com uma faca, desferindo um golpe no coração. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda dentro da escola.
Após o ataque, o autor deixou a sala de aula caminhando e só foi localizado horas depois, às margens da rodovia AMG-2595. Durante o depoimento à polícia, ele confessou o assassinato e revelou o envolvimento de um segundo adolescente, que também participou da ação.
Ambos foram apreendidos — o primeiro em flagrante e o segundo por decisão judicial. Eles respondem por ato infracional análogo ao crime de homicídio e seguem internados por determinação da Vara da Infância e Juventude de Uberaba.
A Polícia Civil afirma que o crime foi premeditado. Durante buscas nas casas dos envolvidos, foram apreendidos cadernos com anotações suspeitas, equipamentos eletrônicos e até um plano de fuga escrito à mão. Imagens de câmeras de segurança da escola confirmam que os adolescentes agiram de maneira coordenada, enquanto outros alunos permaneciam alheios ao que ocorria.
O delegado Cyro Outeiro Pinto Moreira, responsável pelo caso, afirmou que o ataque foi surpreendente e meticulosamente executado. Já o Ministério Público, representado pelo promotor Diego Martins Aguillar, destacou que o crime é considerado isolado e que não foram encontradas listas com nomes de possíveis outras vítimas.
A escola e as autoridades reforçaram que não há riscos para os demais estudantes, mas o caso segue gerando comoção e debates sobre a segurança no ambiente escolar.