O ator Francisco Cuoco faleceu nesta quinta-feira (19) aos 91 anos, fechando um ciclo que marcou profundamente a televisão nacional. Álvaro alicerce da dramaturgia, Cuoco deixou saudades nos telespectadores por sua voz marcante, olhar cativante e por personagens inesquecíveis.
Sua trajetória começou no teatro — nos palcos do Teatro Brasileiro de Comédia e do Teatro dos Sete —, culminando num sucesso estrondoso na TV. Interpretou ícones como Carlão em Pecado Capital (1975) e o carismático garimpeiro de O Astro (1977). Outras produções de destaque incluem Selva de Pedra, Tieta, Roque Santeiro e O Sétimo Sentido, todos firmando sua imagem como um dos grandes galãs brasileiros.
Mesmo aposentado, Cuoco manteve-se conectado à cena artística. Em 2020, fez uma participação em Salve-se Quem Puder, e em 2023 novamente emocionou ao aparecer no humorístico No Corre, do Multishow, onde chorou ao revisitar seu talento. A Globo, que mantinha com ele um contrato vitalício, destacou sua carreira em um tributo especial ao artista.
Nas redes sociais e meios de comunicação, colegas, fãs e admiradores lamentaram sua partida. Gretchen Vieira, diretora na época, exaltou seu profissionalismo ímpar. Sergio Chapelin e Cid Moreira, ambos com contratos similares, também destacaram a grandeza de Cuoco como referência para novas gerações da televisão.
O falecimento foi confirmado como falência múltipla de órgãos. Ele deixa três filhos, netos e um legado artístico que transcende gerações. Seu corpo será velado em São Paulo, seguindo cerimônias respeitosas, como convém a quem dedicou a vida à arte.
Francisco Cuoco será lembrado não apenas pelo charme ou talento, mas pela autenticidade, carisma, e capacidade ímpar de emocionar. Um ícone consagrado que permanece vivo na memória afetiva de quem o assistiu e admirou.