O governo de Israel confirmou nesta terça-feira (24) a adesão a um cessar-fogo com o Irã, encerrando mais de dez dias de escalada militar entre os dois países. A trégua foi anunciada após uma conversa entre o primeiro-ministro israelense e o presidente dos Estados Unidos, que atuou como mediador no conflito.

Segundo comunicado oficial, Israel afirma ter alcançado seu objetivo de neutralizar a ameaça nuclear e de mísseis balísticos iranianos. Apesar da trégua, as Forças Armadas israelenses informaram que seguem em alerta e mantêm a prontidão da força aérea para eventuais ameaças.

Do lado iraniano, houve sinalização de cumprimento do cessar-fogo, embora autoridades locais tenham exigido que os ataques israelenses cessassem completamente até a madrugada desta terça-feira, pelo horário local, como condição para a suspensão das operações.

O conflito, iniciado no dia 13 de junho, teve início com uma ofensiva israelense contra instalações nucleares iranianas. Em resposta, o Irã disparou mísseis contra cidades israelenses como Tel Aviv, Haifa e Jerusalém. Durante os ataques, ao menos quatro pessoas morreram no sul de Israel, e mais de uma dezena ficaram feridas.

Explosões também foram registradas em Teerã durante a madrugada. Aviões militares sobrevoaram a capital iraniana, ampliando o clima de tensão nas últimas horas antes do cessar-fogo.

No último fim de semana, os Estados Unidos também participaram da ofensiva ao lançar ataques contra alvos nucleares no Irã, incluindo a usina de Fordow, uma instalação subterrânea de enriquecimento de urânio. Em retaliação, o Irã disparou mísseis contra uma base militar americana no Catar, sem deixar vítimas ou causar grandes danos, conforme autoridades locais.

A trégua atual ocorre após intensas negociações e contatos diretos e indiretos entre representantes americanos e iranianos. Mesmo com o cessar-fogo em vigor, os governos envolvidos alertam que a situação ainda exige cautela, diante da possibilidade de novos episódios de instabilidade.