O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está sendo aconselhado por auxiliares a não sancionar o projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais na Câmara.

A proposta tem gerado preocupação entre integrantes do Palácio do Planalto, que veem risco de desgaste na imagem do presidente. Com a popularidade em queda nas pesquisas recentes, ministros e assessores avaliam que a sanção do projeto, visto como impopular pela maioria da população, poderia agravar o cenário político desfavorável.

Apesar dos alertas, Lula foi orientado a dialogar com líderes do Congresso e representantes do Judiciário antes de tomar uma decisão definitiva. Entre as possibilidades cogitadas, está a de não sancionar nem vetar a proposta dentro do prazo legal, o que permitiria que a promulgação fosse feita diretamente pelo presidente do Congresso Nacional, senador Davi Alcolumbre (União-AP).

A mesma estratégia foi utilizada recentemente no caso da lei que institui o Dia da Amizade Brasil-Israel. Na ocasião, Lula deixou o prazo de 15 dias úteis expirar, transferindo a responsabilidade da promulgação para Alcolumbre.