Santa Catarina manteve sua posição de destaque nacional e registrou, no primeiro trimestre de 2025, o menor índice de desigualdade de renda entre trabalhadores ocupados do país, conforme dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua). O estado apresentou Índice de Gini de 0,424, resultado 17,8% inferior à média nacional (0,516). Desde 2012, Santa Catarina lidera a maior parte dos levantamentos, consolidando-se como referência em distribuição mais equilibrada de renda.
O Índice de Gini, medido em escala de 0 a 1, avalia o grau de concentração de renda: quanto mais próximo de zero, mais igualitária é a distribuição. No estado, o menor índice foi registrado no setor de Alojamento e Alimentação, com 0,357, o que representa uma redução de cerca de 20% na desigualdade em comparação a 2012. Essa melhoria reflete mudanças no mercado de trabalho e no perfil dos empregos ofertados, especialmente em áreas que absorvem grande volume de mão de obra.
Para o governador Jorginho Mello, o bom desempenho é resultado direto da geração de oportunidades e de um ambiente econômico saudável. “O melhor programa de transformação social é o emprego. É com oportunidades que conseguimos mudar vidas e fortalecer a economia”, destacou.
O secretário de Estado do Planejamento, Fabrício Oliveira, atribui o resultado à combinação de políticas públicas eficazes, alta formalização do mercado de trabalho, baixa taxa de desemprego e elevada produtividade. Ele também ressaltou que a maior igualdade foi identificada entre mulheres ocupadas, que registraram Gini de 0,407, e entre trabalhadores com ensino médio completo, com índice de 0,324.
O levantamento mostra ainda que, ao longo dos últimos anos, Santa Catarina conseguiu manter estabilidade nos indicadores, evitando oscilações acentuadas que possam comprometer o equilíbrio econômico e social. A análise detalhada desses dados está disponível no Boletim Trimestral de Indicadores do Trabalho, divulgado pela Secretaria de Estado do Planejamento nesta quinta-feira (7).