Aluna de direito vai tentar recuperar dinheiro perdido em Jogo do Tigrinho e ressarcir colegas de formatura, diz defesa
Publicado em 01/03/2025 07:22
Segurança

A estudante de direito Cláudia Roberta Silva, denunciada pelos colegas por usar todo o dinheiro arrecadado para a formatura da turma em apostas on-line, quer recuperar o valor e devolvê-lo ao grupo, segundo o advogado dela, Joel Sustakovski.

 

O caso ocorreu em Chapecó, no Oeste de Santa Catarina, e é investigado pela Polícia Civil.

 

A festa estava marcada para 22 de fevereiro e não aconteceu. Em 27 de janeiro, a presidente da comissão de formatura encaminhou mensagens aos colegas contando que havia gastado os quase R$ 77 mil que deveriam ser encaminhados à empresa responsável pelo evento. Ela atribuiu a situação ao vício em jogos.

 

"Todas as medidas judiciais serão tomadas para tentar recuperar os valores perdidos nas apostas on-line, assim como serão ressarcidos os valores aos colegas de formatura. No mais, a suspeita aguarda ser chamada na delegacia de Polícia Civil de Chapecó", informou Sustakovski em nota.

 

A Polícia Civil disse que trabalha com duas linhas de investigação (apropriação indébita ou estelionato) e que os envolvidos serão ouvidos nos próximos dias.

 

Segundo o delegado regional de Chapecó, Rodrigo Moura, a delegacia responsável pelo inquérito fez um pedido à Justiça para rastrear e tentar recuperar o valor supostamente desviado.

 

O Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) informou que não vai se manifestar enquanto a investigação estiver em andamento.

 

 

 

 

Alunos foram procurados pela empresa

 

Uma das vítimas, Nicoli Bertoncelli Bison, 23 anos, contou que a empresa contratada para fazer a formatura chamou os estudantes em um ultimato, em janeiro deste ano, para receber o pagamento.

 

Nicoli afirmou que a suspeita sempre pareceu engajada na organização da formatura.

 

 

"A gente não desconfiou de nada porque, desde o início, ela sempre foi muito assim: 'vou atrás, vou fazer'", contou.

 

Algumas atitudes, no entanto, começaram a chamar a atenção depois do ultimato. "A prestação de contas que a comissão nos repassou depois, ela fazia em Excel, em Word. Ela não apresentava esse extrato bancário, coisa que não faz nenhum sentido".

 

Os formandos registraram um boletim de ocorrência em 6 de fevereiro. Segundo a Polícia Civil, 16 alunos da Unidade Central de Educação Faem Faculdade (UCEFF) contribuíram por três anos para reunir o valor.

 

Eles informaram que dinheiro foi dividido da seguinte forma:

 

R$ 78.992,00 - valor total da formatura;

R$ 2.000,00 - pago à empresa responsável pela formatura ao fechar o contrato;

R$ 76.992,00 - valor que deveria ter sido pago para empresa em dezembro de 2024.

 

Fonte:Portal de Schroeder

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