Para identificar os chamados “conteiros”, que viabilizaram o recebimento de R$ 6 milhões desviados de uma fintech em Florianópolis em 2024, a Polícia Civil de Santa Catarina está cumprindo 23 mandados de prisão temporária em São Francisco do Sul e em cidades de outros oito estados nesta quinta-feira (10). A segunda fase da “Operação Ghosthunters” conta com o apoio das policias civis dos outros estados e do Ministério da Justiça e Segurança Pública, e acontece de forma simultânea.
Além dos mandados de prisão, também foram expedidos quatro de busca e apreensão domiciliar, com cumprimento em 15 municípios:
Rio Preto da Eva – Amazonas;
Salvador – Bahia;
Caucaia – Ceará;
Caruaru – Pernambuco;
Belo Horizonte – Minas Gerais;
Betim – Minas Gerais;
São Francisco do Sul – Santa Catarina;
São Bernardo do Campo – São Paulo;
Colorado – Paraná;
Ponta Grossa – Paraná;
Santa Helena – Paraná;
Bauru – São Paulo;
Cubatão – São Paulo;
Itu – São Paulo;
Valparaíso – São Paulo.
Segundo a polícia, os suspeitos teriam usado as contas bancárias para esconder os valores adquiridos durante os desvios. Os criminosos são investigados pelos crimes de furto mediante fraude praticado por meio eletrônico/informático, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A pena pode chegar até 21 anos de prisão, além de multa.
Como ocorreu a fraude
A fraude aconteceu no dia 15 de julho de 2024, quando os suspeitos acessaram o sistema de TI da empresa, sediada em Florianópolis. Como resultado, os criminosos conseguiram realizar mais de 300 transações fraudulentas.
Na primeira fase, o hacker responsável pelo acesso ao sistema foi preso. Além disso, foram bloqueados aproximadamente US$ 40 mil em criptoativos, que pertenciam ao hacker, bloqueados R$ 4,5 milhões e apreendido um veículo de R$ 120 mil.
Dos R$ 6 milhões, aproximadamente R$ 1,5 milhão foi recuperado pelo Mecanismo Especial de Devolução (MED).
Fonte:Nsc